Banalidades, aleatoriedades, inutilidades, letras de música que não viraram música e alguma poesia

segunda-feira, 25 de março de 2013

Antiestima


Joguei minha autoestima
no vaso sanitário
e dei descarga.

Como um cagalhão teimoso
ela voltou
e permaneceu ali
um bom tempo
boiando na superfície.

Quase me afeiçoei a ela
novamente.
E quase vomitei quando
aquele gosto doce e antigo
de infância
me fez querer viver
aventuras.

Hoje de manhã fui mijar.
Meu Deus! Ela ainda estava lá!

Tenho que dar um jeito de arrumar
a maldita descarga!


sábado, 16 de março de 2013

Fonte da imagem: knowledge.allianz.com


Fizeram bem os deuses em determinar que o pobre também soubesse dar grandes risadas. Nas cabanas não se ouve apenas lamento e choro, mas também muita gargalhada, vinda do coração. Até os pobres, cumpre confessá-lo, até os pobres riem muitas vezes, quando teriam antes motivo para chorar.




Móricz Zsigmond, escritor húngaro. Trecho retirado do conto Sete "Krajcár", publicado em Antologia do conto húngaro, organizado e traduzido por Paulo Rónai, editora Artenova, sei lá o ano de publicação.