Banalidades, aleatoriedades, inutilidades, letras de música que não viraram música e alguma poesia

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

CLARICE E SUAS VERDADES II

"Eu - eu sou a minha própria morte. E ninguém vai mais longe. O que há de bárbaro em mim procura o bárbaro cruel fora de mim. Vejo em claros e escuros os rostos das pessoas que vacilam às chamas da fogueira. Sou uma árvore que arde com duro prazer. Só uma doçura me possui: a convivência com o mundo. Eu amo a minha cruz, a que doloridamente carrego. É o mínimo que posso fazer de minha vida: aceitar comiseravelmente o sacrifício da noite."

(Clarice Lispector, Água Viva, Nova Fronteira, 1980, p.40)

CLARICE E SUAS VERDADES

"E andar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos".

(Clarice Lispector, Água Viva, Nova Fronteira, 1980, p.46)