Dou um ctrl + C na minha vida
e um ctrl + V na sua.
Você faz o mesmo.
Deixamos as cópias nos nossos lugares
e vamos navegar pela Internet
até chegarmos ao cume do Everest
e contemplarmos o pôr do sol
no Youtube.
Foda-se sempre foi mais ou menos como uma filosofia de vida. Algo como: de onde vim, para onde vou? Resposta: "foda-se!" Tenho que enfrentar o mundo, a sociedade e ainda uma banca com cinco doutores? Penso: "foda-se!" E daí vou indo.
Banalidades, aleatoriedades, inutilidades, letras de música que não viraram música e alguma poesia
sábado, 24 de março de 2012
Capitalismo II
O Ministério da Saúde adverte:
O uso deste produto não torna o usuário um vencedor.
Sou a própria prova disso.
Encontro casual
Não vire o rosto
isso só demonstra o desgosto
que não é tão antigo
mas verdadeiro como uma pedra.
Não finja que nada
não esqueça de tudo
impossível não rever
memória-absurdo.
Nunca mais seremos apenas
dois corpos num encontro casual.
Nunca mais o vácuo
entre nós
existir
ar.
Quando passares por mim
olhe nos meus olhos
no meu cansaço
olhe bem dentro do tempo
a tempo.
terça-feira, 20 de março de 2012
Uma dose para Caio F.
Caio Fernando Abreu foi um jornalista e escritor gaúcho. Nasceu em 1948 e faleceu em 1996, aos 47 anos. Para conhecê-lo um pouco melhor, recomendo uma visita ao site oficial.
P.S.: não encontrei créditos para a imagem (internet é foda!).
domingo, 18 de março de 2012
Erra uma vez
nunca cometo o mesmo erro
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez
Poema de Paulo Leminski. Achei no livro Poesia marginal, da editora Ática, coleção Para gostar de ler. O ano de publicação fico devendo porque a página onde deveria constar essa informação estava rasgada.
duas vezes
já cometo duas três
quatro cinco seis
até esse erro aprender
que só o erro tem vez
Poema de Paulo Leminski. Achei no livro Poesia marginal, da editora Ática, coleção Para gostar de ler. O ano de publicação fico devendo porque a página onde deveria constar essa informação estava rasgada.
Constelação de imbecis
Pra que tantas estrelas no céu?
Deve ser pra uma cair de vez em quando
e algum imbecil achar que está com sorte.
Tantas estrelas no céu
e tenho apenas poucos desejos.
Tantas estrelas no céu
contemplando mais um imbecil aqui na Terra.
sábado, 17 de março de 2012
Os porquês dos nãoseioquês
Acho que esta é que deveria ser a primeira postagem. Na verdade, estou começando como blogueiro (que cara atrasado!) e fiz algumas postagens antes para testar e brincar um pouco com a formatação e os recursos do Blogger.
Portanto, agora sim: sejam bem-vindos(as) a este (re)canto obscuro e mofado do mundo cibernético!
Aqueles que me conhecem pessoalmente sabem que tenho uma cabeça gigantesca. Literalmente! E não sei muito bem o que tem dentro dela. Uma coisa que tenho certeza que há lá dentro é sangue. E como tem! Certa vez, quando eu era guri, aprontei uma para meu irmão e ele me cravou uma estaca de madeira na cabeça. Sangrou que foi uma beleza! Por umas duas horas pelo menos. Mas há outras coisas também. Coisas que, apesar do tamanho da minha cabeça, às vezes simplesmente não cabem mais lá e precisam ser colocadas para fora.
Como não sou uma pessoa que goste de falar muito e meu irmão nem sempre está disponível ou disposto a abrir meu crânio, coloco essas coisas no papel. Ou em acordes distorcidos de guitarra. Por isso o blog, entenderam? Aqui vocês vão encontrar banalidades, aleatoriedades, inutilidades, letras de música que não viraram música e alguma poesia. Tudo meio que misturado com sangue semicoagulado.
Se gostarem, que bom! Comentem e divulguem para outras pessoas. Vou ficar bem faceiro. Se não gostarem, bem, já sabem, né? Fodam-se!
sexta-feira, 9 de março de 2012
tic tac
o relógio tic
o relógio tac
tictactictactictac
tictactictactictac
nem ouço meu coração
no mesmo ritmo vontade de jogar essa merda no lixo
como se fosse adiantar
ou atrasar alguma coisa
Juros compostos
Os dias passam.
Às vezes muito quentes, às vezes muito frios,
chatos, monótonos, excitantes, inacreditáveis.
Uau!
Imperdoáveis.
Às vezes, nem isso.
Suaves prestações
com as quais vou pagando
o Divino Ditador
por algo que nem sequer queria.
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